quarta-feira, dezembro 30
segunda-feira, dezembro 28
Como ser um artista
Fique tranquilo.
Aprenda a observar caramujos.
Plante jardins impossíveis.
Convide alguém perigoso para um chá.
Faça pequenos sinais que digam SIM, e cole todos pela casa.
Faça amigos com liberdade, sem desconfiança.
Olhe com esperança para seus sonhos.
Chore durante os filmes.
Num balanço à luz da lua, balance o mais alto que você puder. Cultive o humor. Recuse- se a ser "o responsável".
Faça por amor. Tire várias sonecas.
Desprenda-se do dinheiro. Faça isso agora.
O dinheiro virá naturalmente.
Acredite em magia. Dê muita risada.
Celebre todo momento glorioso.
Tome banhos de lua.
Tenha criações selvagens, sonhos transformadores e perfeita calma.
Desenhe nos muros, nas paredes. Leia todo dia.
Imagine- se uma pessoa mágica.
Brinque com crianças. Escute as pessoas mais velhas.
Esteja aberto. Mergulhe fundo.
Seja livre. Abençoe- se.
Deixe os medos de lado. Divirta- se com tudo.
Entretenha sua criança interior.
Você é inocente. Construa um forte com lençóis.
Molhe- se. Abrace árvores.
Escreva cartas de amor.
Transcrição de placa colocada em árvore no Esalen Institute, Big Sur, California
Morrer lentamente
Morre lentamente, quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente, quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços
Morre lentamente, quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente, quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade."
quinta-feira, dezembro 24
Palavras de Natal
Que a alegria do Natal eleve seus pensamentos, na sagrada lembrança daquela noite abençoada, em Belém, quando o Cristo Menino nasceu como uma dádiva celestial para a humanidade. A encarnação da Consciência Crística em Jesus personificou a luz infinita e o auxílio de Deus. Sua presença verteu a generosidade divina como um bálsamo curativo sobre um mundo repleto de tumulto e sofrimento – não apenas em prol de uma época e lugar, mas do aqui e agora, até a eternidade. Eu oro para que vocês recebam de Deus esta dádiva inefável mais uma vez neste Natal e a cada dia do novo ano, no silêncio amoroso de seus corações e mentes receptivos.
Que extraordinária influência a sublime vida de Jesus difundiu ao longo dos séculos! – um radiante testemunho do poder maior do amor sobre o ódio, do bem sobre o mal, da inabalável fé em Deus sobre as provações mortais. A inspiradora compreensão que nosso abençoado Paramahansaji nos transmitiu por meio de seu exemplo pessoal é de que também nós podemos ser transformados na Consciência Crística se modelarmos nossa vida diária de acordo com os princípios espirituais que caracterizaram a vida de Jesus e de todas as almas iluminadas por Deus.
Jesus defrontou-se com árduas pressões e testes ao cumprir sua missão na Terra. Todavia, tal era seu amor imutável pelo Pai Celestial, que jamais permitiu a qualquer outra coisa tomar o lugar de Deus no trono de seu coração. Por estar de tal forma impregnado de Deus, ele foi capaz de doar-se a todos sem restrições, prodigalizando bondade e compaixão. Um mero toque, palavra ou olhar seu podiam curar e elevar aqueles que buscavam a bênção de Deus.
Quando regularmente reservamos tempo para a meditação profunda, assim como fazia Jesus, essa Presença, de maneira infalível e recompensadora, permeia gradualmente a nossa própria vida. Como era sublime ver nosso Gurudeva em comunhão com Cristo durante as meditações longas de Natal – sua face saturada de paz e bem-aventurança, algumas vezes com lágrimas de amor fluindo de seus olhos! Certa vez, ele descreveu Jesus com estas palavras: “Sua face era divina. (…) Seus olhos, os mais belos e mais repletos de amor que já vi. Percebi o universo inteiro cintilando nesses olhos.”
Ao aproximar-se o Natal, mantenham consigo esse Cristo abençoado. Em pensamento e na doce comunhão meditativa, recebam as autênticas riquezas desta época: a alegria e a paz de Cristo despertando em suas almas. Esta é uma riqueza interior que podemos compartilhar abundantemente com todos. Nestes tempos desafiadores, precisamos de modo especial oferecer-nos mútuo apoio – por meio de atos de bondade, palavras encorajadoras e orações por nossa família mundial. Amar e doar – é assim que Jesus viveu, e é assim que podemos começar a conhecê-lo verdadeiramente. Que o seu Natal seja abençoado pela troca de autêntica amizade espiritual com os demais e, acima de tudo, esteja repleto do amor de Deus, que confere total satisfação e suprema alegria.
Um abençoado Natal para vocês e os que lhes são caros,
Daya Mata (discípula direta de Yogananda e atual Presidente da Self-Realization Fellowship)
Daya Mata, a Mãe da compaixão, que em janeiro próximo completará 96 anos de serviços , Amor e devoção ao Mestre Yogananda
sexta-feira, dezembro 18
A massa crítica da Iluminação
De milhares de sementes apenas uma árvore cresce. De milhões de espermatozóides apenas um fecunda o óvulo e torna-se uma criança.
Apesar do potencial para a vida ser ambundante, a massa crítica que é capaz de efetivamente alcançar vida é atomicamente pequena.
As ciências holísticas crêem que esta mesma lei atua sobre a evolução da consciência humana. Bilhões de seres humanos nasceram neste mundo, cada um carregando dentro da casca de sua personalidade o potencial para florescer sua consciência divina. Eles são inumeráveis sementes de Gaia caindo sobre seu berço telúrico.
Bilhões nascem e morrem considerando-se abençoados quando conseguem superar obstáculos, mas apenas uma ínfima proporção da humanidade realmente vislumbra com clareza as mentes e espíritos de iluminados como Buda ou Cristo.
A massa crítica da iluminação pode ser definida como a influência coletiva gerada pelo menor número de seres humanos despertos, no sentido de iniciar um significativo salto na consciência planetária.
O processo de despertar pessoas para chegar a essa massa crítica pode ser comparado à transformação de carvão em diamante. O peso total do carbono causa tanta pressão que algumas pedras de carvão tornam-se diamantes.
Esses “indivíduos-diamantes” personificam a translucidez da mente iluminada, capaz de transformar o nível vibratório do planeta inteiro.
Em outras palavras, é preciso que a esmagadora parte dos seres humanos continue firmemente adormecida em valores tridimensionais de poder e vaidade para que poucos sejam impulsionados a adquirir uma profunda visão cósmica da existência.
Em retorno, quando uma quantidade suficiente de despertos se formar, acredita-se que serão capazes de gerar uma energia capaz de contaminar os não-despertos, que estimulará a desconstrução dos ciclos cármicos coletivos que hoje assolam nosso mundo e resultará numa cultura verdadeiramente espiritual no planeta.
O efeito dos iluminados sobre a massa em coma é proporcional a influência de um átomo numa explosão termonuclear, pois o estouro de um átomo de consciência pode ser igualmente explosivo em termos espirituais. O muito alardeado “fim do mundo” poderá ser não através do holocausto nuclear mas sim da explosão atômica da consciência, onde a menor massa de consciência poderá causar a derrocada dos injustos sistemas que nos regem através de uma reação em cadeia como a que o urânio é capaz (surpresa! Urano, planeta regente da Era de Aquário, está aí. Arrebate seus medos e limitações e ouse buscar a liberdade que existe no desconhecido!).
Seria o fim do mundo tal qual o conhecemos, mas o ingresso definitivo da humanidade na quarta dimensão – a freqüência natural do planeta Terra, que integra perfeitamente as capacidades materiais às espirituais.
Os visionários do século XX apresentam diferentes estimativas sobre a quantidade de iluminados necessários para compor uma massa crítica.
O guru Maharishi Mahesh Yogi, que já teve os Beatles entre seus discípulos, prevê que apenas um décimo de um por cento da humanidade pode originar vibrações suficientes para alcançar a paz mundial, e o místico indiano Osho estima que pelo menos cinco por cento das sementes humanas possuem a inteligência potencial para germinar um despertar - o que hoje significariam de 275 a 300 milhões de espíritos rebeldes.
O certo é que, assim que formada, a massa crítica será disparada; enquanto isso só nos resta aperfeiçoar nossos potenciais para que engrossemos o exército de Cristos Budatômicos do planeta.
quinta-feira, dezembro 17
Estágios da consciência espiritual
Nem todo homem atingiu o nível de consciência em que pode descansar, em completa confiança, no Espírito, sem qualquer preocupação, a fim de demonstrar as suas necessidades. A humanidade é dividida em níveis de consciência. Está desabrochando gradualmente, evoluindo de um nível material para o mental e, eventualmente, deste para um nível espiritual de consciência, onde a meta essencial da vida é a demonstração da presença de Deus.
Homens e mulheres tem recebido muita ajuda, literatura e escolas para se aproximarem do nível metafísico ou espiritual. São ensinamentos dados em vários níveis. Não se pode dizer que um esteja certo e outro errado. No estado material de consciência, a força, o poder e a substância materiais são bem conhecidos. Neste plano não é errado que se usem os medicamentos, a cirurgia e outros meios da matéria medica, para a saúde, porque este é o propósito destas coisas no plano material. Na medida em que o estado de consciência material é substituído pelo mental, a pessoa vai usando menos remédios materiais, forças e poderes físicos e mais recursos mentais. Não significa que um esteja certo e o outro errado, mas sim, que são expressões de dois estados diferentes de consciência.
Quanto mais uma pessoa avança no campo mental, menos usará os recursos materiais. Com o tempo, até usará menos os recursos mentais porque, na medida em que se eleva no plano mental tanto mais aprende a confiar na intuição, que no poder mental. Então, a pouco ir-se-á elevando do plano mental ao espiritual -- porque de são dois estados de consciência diferentes. Não são sinônimos. Neste ponto, não usará mais os recursos materiais e nem os mentais. Quanto maior for a consciência espiritual atingida, menos usará os recursos mentais.
Compreendamos que são três diferentes estados de consciência. Saibamos que no plano material sempre há dois poderes: um maior e outro menor. Usemos o poder maior para vencer o menor.
Igualmente se dá no plano mental. Uma pessoa de forte mentalidade, que aprendeu a concentrar mais poderosamente o pensamento e a projetá-lo, pode usar essa habilidade para tratamento e pode dominar outra pessoa de fraca mentalidade. Assim, no plano mental também há dois poderes: o maior a vencer o menor.
No plano espiritual, porém, os dois poderes são eliminados. No plano espiritual não há poder. Muito já foi falado e escrito acerca do uso do poder espiritual ou poder de Deus, mas não há tal poder para ser usado. Ninguém pode usá-lo. Ninguém, jamais, foi capaz de usar o poder de Deus, porque em Espírito não há poder.
Deus É. Só isto pode ser conhecido. Mas Deus não é um poder e nem menos um poder sobre qualquer coisa, exceto no sentido de que Deus é a Substância, a Essência, a Lei para o desenvolvimento creativo de todas as coisas, de todas as formas. Deus é um poder sobre a Sua creação, somente no sentido de que Deus é a atividade creativa, a substância e a Lei que fazem desabrochar e que mantêm todas as formas creadas. Mas Ele nunca é um poder sobre qualquer coisa.
Deixemos que Deus nos Use
O poder de Deus não pode ser usado por ninguém. Nem mesmo Jesus Cristo o fez, pois Ele disse: "Eu, de mim mesmo, não faço nada. O Pai, que vive em mim, é Quem faz as obras!". Mas Deus Se revela na quietude e na ausência de poder. E onde a Presença de Deus Se revela, ali há harmonia e liberdade. Não é que Deus esteja a crear a harmonia e liberdade ou que as manifeste. Deus é isso! E no silêncio Deus Se manifesta como a nossa própria vida de nosso ser, como a própria Luz para os nossos passos, como a própria Presença que vai adiante de nós. A presença de Deus é paz, saúde e segurança. Ela Se torna harmonia infinita, abundância infinita e totalidade infinita.
Na medida em que conquistamos a nossa quietude e silêncio interiores é que Deus pode manifestar as Suas maravilhas através de nós. Ninguém pode usar Deus, mas Deus pode usar-nos. Deus pode viver através de nós, em nós e como nós. Deus pode fazer. Não nós. Neste ponto está toda a diferença entre sucesso e fracasso no plano espiritual. A pessoa que pensa poder usar o poder espiritual está meramente usando o poder de sua própria mente, porque ninguém pode usar a Infinitude de Deus.
Podemos, isto sim, aquietar... Aquietar. Se podemos ficar suficientemente quietos, Deus Se exprimirá como nosso próprio Ser. Ele aparecerá como a Inteligência de nossa mente; como a habilidade de nossos dedos, como a voz de nossa garganta. Significa: Deus usando-nos. Não que nós usemos Deus.
Você pode usar seus músculos, seu corpo, sua mente. Mas ai você tem de parar. Mais que isto não pode fazer. Você não pode usar Deus porque Deus é a Essência de seu Ser. Enquanto há um Você separado de seu corpo e além da mente, há um Você, mas esse Você não está separado de Deus. Portanto, não há um Você para usar Deus: há somente Deus manifestando-Se como Você; Deus funcionando ou vivendo como Você. Este é o sentido da encarnação. Foi isto o que desejou significar o Mestre quando disse: "O Pai, que está em mim". E foi também isto que Paulo exprimiu, ao dizer: "Não mais sou eu quem vive: o Cristo vive em mim". Sim, o Cristo é a sua vida, o seu Ser: O Eu que você é!
Joel S. Goldsmith
Renunciar a si mesmo
Todos os grandes mestres recomendam aos seus discípulos que tenham duas asas para voar. Você já viu algum avião voar com uma só asa? Nenhum inseto voa com uma asa... Uma asa só, por mais bela e forte que seja, não serve. As duas asas que os grandes mestres recomendam são:
1. Orai sempre e nunca deixeis de orar
2. Quem não renunciar a tudo que tem, não pode ser meu discípulo.
A primeira asa é muito simpática, mas a segunda, para os não iniciados, é muito antipática. Por que entendem que renunciar como uma coisa muito dolorosa. Eles logo compreendem por coisas materiais como dinheiro, casa, automóvel e outras coisas mais. Isso não é muito importante. Muito mais necessário é renunciar a si mesmo, que é muito mais importante do que renunciar objetos.
Mas, o que vem a ser renunciar a si mesmo?
Quem não conhece a natureza humana não pode compreender estas palavras. Para esta pessoa, renunciar a si mesmo parece com suicidar-se. Mas isto não resolve nada, só piora a situação. Enquanto a pessoa se identifica com o seu ego, não renunciou a seu ego. Somente quando descobre que não é o seu ego físico-mental-emocional, o seu invólucro humano, que isto ele tem, mas que isso ele não é, que ele é o seu espírito, a sua alma, a luz do mundo, a pérola preciosa...Então, ele renunciou.
Renunciar é o descobrimento da verdade sobre si mesmo!
Quem não entrou no autoconhecimento, não renunciou! Renunciou a que?
Aqui não se trata de renunciar objetos externos, impessoais, trata-se de renunciar a um objeto pessoal, interno, chamado ego. Dentro de nós existe uma ilusão de nos identificarmos com o nosso ego humano e é justamente isso que devemos renunciar. Mas como renunciar esta ilusão?
Uma ilusão só pode ser combatida pela verdade. Ilusão é escuridão, verdade é luz! É possível combater a escuridão a não ser pela luz? A ilusão de que eu sou o meu ego é uma treva, a verdade de que eu sou a minha alma é uma luz. Só podemos combater a ilusão de que somos um ego, pela ação da luz do autoconhecimento. Luz é presença, treva é ausência. Onde há 100% de presença há 0 de ausência.
O que os mestres recomendam é puro autoconhecimento e isto, cada um deve fazer.
Cada um precisa responder satisfatoriamente a pergunta: Quem sou eu? Quando o homem chega a conclusão de que é o espírito de Deus em forma individual, então, está liberto de toda ilusão.
Deus é Espírito Universal.
Eu sou o espírito de Deus em formal individual. Eu sou uma emanação espiritual da Divindade Universal.
Então, a segunda asa é a renúncia. Quando se fala em renúncia, quase todo mundo se choca e pensa que se trata de uma renuncia a nível material externo. Pensam que renunciar é jogar tudo fora, perder tudo, ficar com nada... Isso não é verdade, pois a renúncia não se refere a coisas materiais, mas sim, mentais. A nossa falsa mentalidade ego é que deve ser renunciada.
Se alguém renunciar a ilusão da sua mentalidade errada, então ele é completamente livre.
Só então ele é um discípulo dos grandes mestres.
Se alguém renunciou a sua identificação com o seu ego e depois olhar para os seus bens materiais lá fora, será que ele tem dificuldades em renunciar a estes bens? Não tem nenhuma dificuldades! A dificuldade é a renuncia interna e não a renuncia externa, pois isto é uma conseqüência de um transbordamento que pode ser constatado na vida de todos os grandes homens da história. Os inexperientes pensam que seja difícil a renuncia aos bens materiais. Os iniciados sabem que a renuncia aos bens materiais é uma simples brincadeira. É coisa tão fácil como beber um copo d'água, pois o que é realmente difícil é renunciar ao seu ego mental, não ao seu ego material.
Prof. Huberto Rohden
quarta-feira, dezembro 16
Responder ou reagir para a vida?
Quando ficamos doentes o médico nos receita um remédio. Após algum tempo de tratamento, nosso corpo irá responder ou reagir àquele medicamento. Se nosso corpo responde, o médico vai dizer todo satisfeito: “você está ótimo, seu corpo respondeu ao medicamento”. Vamos nos sentir aliviados. Porém ao voltarmos ao consultório, se o médico nos disser: “parece que seu corpo está reagindo ao medicamento, vamos ter de trocá-lo”, com certeza não iremos gostar.
É isso mesmo: Responder a um tratamento é bom. Responder a um “feedback” é bom. Responder para a vida é bom. Reagir não é bom. Implica que alguma coisa está lutando contra. Na longa espera da fila do banco, ao reagir você irá reclamar, irritar-se com todos, culpar o banco por não colocar mais caixas para atender. No trânsito engarrafado, você irá se irritar, aceitar provocações de motoristas que também estão reagindo para a vida (os semelhantes se atraem) e, logicamente, como nada disso resolverá os problemas, o seu corpo também irá reagir (lutar contra o seu mau-humor) criando doenças. Entretanto ao responder, irá buscar a melhor solução para o motivo da sua irritação: voltará ao banco em outra hora, usará um caixa automático, ou aproveitará o tempo da fila para conhecer novas pessoas ou ler o jornal ou um bom livro. No trânsito dará passagem ao apressadinho mal-educado, ouvirá uma boa música, e relaxará já que “o que não tem remédio, remediado está”. A mensagem é clara:
EM TODOS OS ASPECTOS DA VIDA SE VOCÊ RESPONDER EM VEZ DE REAGIR PARA ELA, TERÁ MUITO MAIS CHANCES DE TER SUCESSO E SER FELIZ.
Por Wilson Meiler
“Experiência não é o que lhe acontece;
é o que você faz com o que lhe acontece”
Aldous Huxley (escritor)
terça-feira, dezembro 15
Compaixão é diferente de dó!
texto: Suave brisa, dezembro/09
Compaixão é algo que se sente, bem dentro da alma, perto do coração...
Confundida muitas vezes com "dó", nada tem de parecido com esse sentimento pobre.
Na dó, nos colocamos na margem superior, e olhamos de cima da montanha com piedade aqueles que abaixo de nós estão, lutando feitos loucos pelo incansável jogo de poderes ditado pela conduta do ter, ter, ter...
Compaixão transcende tudo isso infinitamente! A gente se coloca de maneira incondicional ao lado do outro, nunca acima e nem abaixo; igualamos o nível e sobretudo: não julgamos a situação que o outro está vivenciando.
Apenas contemplamos a dor e procuramos meios para alíviar a dificuldade na qual aquele ser se encontra.
Compassividade é portanto um abrir incondicional da própria ALMA e doar de nossa energia, para que o outro ser consiga superar suas dificuldades, DESDE QUE ELE ACEITE RECEBER ESSA ENERGIA.
O orgulho muitas vezes pode impedir que a ajuda seja recebida. A pessoa não consegue admitir que existem almas puras, seres que amam incondicionalmente. Em seu entendimento só existem pessoas má intencionadas querendo ludibriá-la....
O sentimento do outro permanece no "pequeno", preso a aspectos puramente materialistas e aí, a ajuda fica difícil, eu diria que quase impossível!
Você já passeou pelas ruas e se deparou com um idoso paupérrimo, verdadeiro trapo humano que sentado na calçada clama por alguns trocados?
O que você sentiu? Compaixão?
Não....
É muito provável que tenha sentido dó. Ficou triste ao ver aquela cena, derramou até algumas lágrimas, deu até algum troco , mas foi para casa e esqueceu de tudo aquilo.
Compaixão vai além, muito além disso....
Você "veste a camisa" e sai para a ajuda!
Muitas vezes, procurando um asilo onde existam idosos carentes de afeto....ou uma creche onde pequenas crianças ainda tão indefesas se veem na obrigação de serem socorridas por almas que as acolhem, já que as próprias mães as largaram nesse mundo!
A compaixão exige de nós uma atitude, uma ação. Exige que nos coloquemos na situação em questão, e que doemos algo de nós mesmos, para que essa situação se resolva. Exige que estejamos presentes, que sejamos atuantes, que nos posicionemos.
A compaixão exige de nós uma atitude, uma ação. Exige que nos coloquemos na situação em questão, e que doemos algo de nós mesmos, para que essa situação se resolva. Exige que estejamos presentes, que sejamos atuantes, que nos posicionemos.
Parar de falar um pouco e agir... Talvez esse seja o início da trilha compassiva!
É preciso DISPONIBILIDADE PARA DAR ALGO DE NÓS MESMOS PARA QUE A SITUAÇÃO EM QUESTÃO SE RESOLVA, E QUE AQUELE SER NELA ENVOLVIDO POSSA FINALMENTE SAIR DAQUELE PROBLEMA.
Será que já avaliamos verdadeiramente o significado da compaixão?
Pense nisso, porque eu estou aqui pensando e fazendo algo por isso!
Paz e Luz em seu caminhar
Abraços da Brisa
segunda-feira, dezembro 14
O PRESENTE.... Do momento "presente"
Nosso verdadeiro lar está no momento presente. Viver o momento presente é um milagre. O milagre não está em caminhar sobre as águas. O milagre está em caminhar sobre a terra verdejante no momento presente, apreciar a paz e a beleza que estão agora ao nosso alcance. A paz está ao nosso redor – no mundo e na natureza – e dentro de nós – no nosso corpo, no nosso espírito.
Quando aprendermos a entrar em contato com essa paz, estaremos curados e transformados. Não é uma questão de fé; é uma questão de prática. Precisamos apenas encontrar os meios de trazer nosso corpo e nossa mente de volta ao momento presente, a fim de que possamos entrar em contato com o que é revigorante, salutar e maravilhoso!
sábado, dezembro 12
Você é feliz ou depende do outro para ser?
Durante um seminário para casais, perguntaram a uma das esposas:
- 'Seu marido a faz feliz? Ele a faz feliz de verdade?'
Neste momento, o marido levantou seu pescoço,demonstrando total segurança.
Ele sabia que a sua esposa diria que sim, pois ela jamais havia reclamado de algo durante o casamento.
Todavia, sua esposa respondeu a pergunta com um sonoro 'NÃO', daqueles bem redondos!
- 'Não, o meu marido não me faz feliz'!
(Neste momento o marido já procurava a porta de saída mais próxima).
- 'Meu marido nunca me fez feliz e não me faz feliz! Eu sou feliz'. E continuou:
- 'O fato de eu ser feliz ou não, não depende dele; e sim de mim. Eu sou a única pessoa da qual depende a minha felicidade. Eu determino ser feliz em cada situação e em cada momento da minha vida, pois se a minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância sobre a face da Terra, eu estaria com sérios problemas.
Tudo o que existe nesta vida muda constantemente: o ser humano, as riquezas, o meu corpo, o clima, o meu chefe, os prazeres, os amigos, minha saúde física e mental. E assim eu poderia citar uma lista interminável. Eu decido ser feliz! Se tenho hoje minha casa vazia ou cheia: sou feliz! Se vou sair acompanhada ou sozinha: sou feliz! Se meu emprego é bem remunerado ou não: eu sou feliz! Sou casada mas era feliz quando estava solteira. Eu sou feliz por mim mesma. As demais coisas, pessoas, momentos ou situações eu chamo de experiências que podem ou não me proporcionar momentos de alegria e tristeza.
Quando alguém que eu amo morre eu sou uma pessoa feliz num momento inevitável de tristeza. Aprendo com as experiências passageiras e vivo as que são eternas como amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar. Há pessoas que dizem: hoje não posso ser feliz porque estou doente, porque não tenho dinheiro, porque faz muito calor, porque alguém me insultou,porque alguém deixou de me amar, porque eu não soube me dar valor, porque meu marido não é como eu esperava,porque meus filhos não me fazem felizes, porque meus amigos não me fazem felizes, porque meu emprego é medíocre e por aí vai.
Eu amo meu marido e me sinto amada por ele desde que nos casamos. Amo a vida que tenho mas não porque minha vida é mais fácil do que a dos outros. É porque eu decidi ser feliz como indivíduo e me responsabilizo por minha felicidade. Quando eu tiro essa obrigação do meu marido e de qualquer outra pessoa,deixo-os livres do peso de me carregar nos ombros.
Tudo o que existe nesta vida muda constantemente: o ser humano, as riquezas, o meu corpo, o clima, o meu chefe, os prazeres, os amigos, minha saúde física e mental. E assim eu poderia citar uma lista interminável. Eu decido ser feliz! Se tenho hoje minha casa vazia ou cheia: sou feliz! Se vou sair acompanhada ou sozinha: sou feliz! Se meu emprego é bem remunerado ou não: eu sou feliz! Sou casada mas era feliz quando estava solteira. Eu sou feliz por mim mesma. As demais coisas, pessoas, momentos ou situações eu chamo de experiências que podem ou não me proporcionar momentos de alegria e tristeza.
Quando alguém que eu amo morre eu sou uma pessoa feliz num momento inevitável de tristeza. Aprendo com as experiências passageiras e vivo as que são eternas como amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar. Há pessoas que dizem: hoje não posso ser feliz porque estou doente, porque não tenho dinheiro, porque faz muito calor, porque alguém me insultou,porque alguém deixou de me amar, porque eu não soube me dar valor, porque meu marido não é como eu esperava,porque meus filhos não me fazem felizes, porque meus amigos não me fazem felizes, porque meu emprego é medíocre e por aí vai.
Eu amo meu marido e me sinto amada por ele desde que nos casamos. Amo a vida que tenho mas não porque minha vida é mais fácil do que a dos outros. É porque eu decidi ser feliz como indivíduo e me responsabilizo por minha felicidade. Quando eu tiro essa obrigação do meu marido e de qualquer outra pessoa,deixo-os livres do peso de me carregar nos ombros.
A vida de todos fica muito mais leve. E é dessa forma que consegui um casamento bem sucedido ao longo de tantos anos'.
Nunca deixe nas mãos de ninguém uma responsabilidade tão grande quanto a de assumir e promover sua felicidade.SEJA FELIZ, mesmo que faça calor, mesmo que esteja doente, mesmo que não tenha dinheiro, mesmo que alguém o tenha machucado, magoado, mesmo que alguém não o ame ou não lhe dê o devido valor.
sexta-feira, dezembro 11
Pensando.... EU Posso!
"Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus por ter um teto que abrigue minha família e meus pertences. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. se as coisas que não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.
Tudo depende só de mim.
Sorria. Mas não se esconda atrás deste sorriso.
Mostre aquilo que você é. Sem medo. Existem pessoas que sonham.
Viva! Tente!
Felicidade é o resultado dessa tentativa.
Ame acima de tudo. Ame a tudo e a todos.
Deles depende a felicidade completa.
Procure o que há de bom em tudo e em todos. Não faça dos defeitos uma distância e, sim uma aproximação.
Aceite a vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.
Entenda os que pensam diferentemente de você. Não os reprove.
Olhe à sua volta, quantos amigos... você já tornou alguém feliz?
Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?
Não corra... Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.
Sonhe, mas não transforme esse sonho em fuga.
Acredite! Espere!
Sempre deve haver uma esperança. Sempre brilhará uma estrela.
Chore! Lute!
Faça aquilo que você gosta. Sinta o que há dentro de você.
Ouça... Escute o que as pessoas têm a lhe dizer. É importante.
Faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo. Mas não esqueça daqueles que não conseguiram subir a escada da vida.
Descubra aquilo de bom dentro de você. Procure acima de tudo ser gente.
Eu também vou tentar. Sou feliz... Porque você existe!"
Charles Chaplin
quinta-feira, dezembro 10
A história de uma folha
A primavera passou. E o verão também.
Era uma vez uma folha, que crescera muito. A parte intermediária era larga e forte, as cinco pontas eram firmes e afiladas. Surgiu na primavera, como um pequeno broto num galho grande, perto do topo de uma árvore alta. A folha estava cercada por centenas de outras folhas, iguais a ela. Ou pelo menos assim parecia. Mas não demorou muito para que descobrisse que não havia duas folhas iguais, apesar de estarem na mesma árvore.
Alfredo era a folha mais próxima. Mário era à folha a sua direita. Clara era a linda folha por cima. Todos haviam crescido juntos. Aprenderam a dançar a brisa da primavera, a se esquentar indolentemente ao Sol do verão, a se lavar na chuva fresca. Mas Daniel era seu melhor amigo. Era a folha maior no galho e parecia que lá estava antes de qualquer outra. A folha achava que Daniel era o mais sábio. Foi Daniel quem lhe contou que era parte de uma árvore. Foi Daniel quem explicou que estavam crescendo num parque público. Foi Daniel quem revelou que a árvore tinha raízes fortes, escondidas na terra lá embaixo. Foi Daniel quem falou dos passarinhos que vinham pousar no galho e cantar pela manhã. Foi Daniel quem contou sobre o sol, a lua, as estrelas e as estações.
Fred (Alfredo) adorava ser uma folha. Amava o seu galho, os amigos, o seu lugar bem alto no céu, o vento que o sacudia, os raios de Sol que o esquentavam, a Lua que cobria de sombras suaves. O verão fora excepcionalmente ameno. Os dias quentes e compridos eram agradáveis, as noites suaves eram serenas e povoadas por sonhos. Muitas pessoas foram ao parque naquele verão. E sentavam sob as árvores. Daniel contou à folha que proporcionar sombra era um dos propósitos das árvores.
- O que é um propósito? - Perguntou a folha.
Uma razão para existir - respondeu Daniel - tornar as coisas mais agradáveis para os outros é uma razão para existir. Proporcionar sombra aos velhinhos que procuram escapar do calor de suas casas é uma razão para existir. Oferecer um lugar fresco onde as crianças possam brincar. Abanar com as nossas folhas as pessoas que vem fazer piqueniques, com suas toalhas quadriculadas. Tudo isso são razões para existir. A folha tinha um encanto todo especial pelos velhinhos. Sentavam em silêncio na relva fresca, mal se mexiam. E quando conversavam era aos sussurros, sobre os tempos passados. As crianças também eram divertidas, embora às vezes abrissem buracos na casca da árvore ou nelas esculpissem seus nomes. Mesmo assim era divertido observar as crianças.
- Mas o verão da folha não demorou a passar...
E chegou ao fim numa noite de outubro. A folha nunca sentira tanto frio. Todas as outras folhas estremeceram com o frio. Ficaram todas cobertas por uma camada fina de branco, que num instante se derreteu e deixou-as encharcadas de orvalho, faiscando ao Sol. Mais uma vez foi Daniel quem explicou que havia experimentado a primeira geada, o sinal de que era outono e que o outono viria em breve.
Quase que imediatamente, toda a árvore, mais do que isso, todo o parque, se transformou num esplendor de cores. Quase não restava qualquer folha verde. Alfredo se tornou de um amarelo intenso. Mário adquiriu um laranja brilhante. Clara virou de um vermelho ardente. Daniel estava púrpura. E a folha ficou vermelha, dourada e azul. Todos estavam lindos. A folha e seus amigos converteram a árvore num arco-íris.
- Porque ficamos com cores diferentes, se estamos na mesma árvore?
...Perguntou a folha.
- Cada um de nós é diferente. Tivemos experiências diferentes.
Recebemos o Sol de maneira diferente. Projetamos a sombra de maneira diferente. Por que então não teríamos cores diferentes? Foi Daniel, como sempre, quem falou. E Daniel contou ainda que aquela estação maravilhosa se chamava outono.
E um dia aconteceu uma coisa muito estranha. A mesma brisa que, no passado, os fazia dançar começou a empurrar e puxar suas hastes, quase como se estivesse zangada. Isso fez com que algumas folhas fossem arrancadas de seus galhos e levadas pela brisa, reviradas pelo ar, antes de caírem suavemente ao solo. Todas as folhas ficaram assustadas. O que está acontecendo?...perguntaram umas as outras, aos sussurros.
É isso o que acontece no outono - explicou Daniel. É o momento em que as folhas mudam de casa. Algumas pessoas chamam a isso de morrer.
- E todos nós vamos morrer? perguntou a folha.
- Vamos sim, respondeu Daniel. - Tudo morre. Grande ou pequeno, fraco ou forte, tudo morre. Primeiro, cumprimos a nossa missão. Experimentamos o Sol e a Lua, o vento e a chuva. Aprendemos a dançar e a rir. E depois morremos.
- Eu não vou morrer! - exclamou a folha, com determinação. - Você vai, Daniel?
- Vou, sim... quando chegar meu momento.
- E quando será isso?
- Ninguém sabe com certeza respondeu Daniel.
A folha notou que outras folhas continuavam a cair. E pensou: "deve ser o momento delas." Ela viu que algumas reagiam ao vento, outras simplesmente se entregavam e caiam suavemente. Não demorou muito para que a árvore estivesse quase despida.
- Tenho medo de morrer - disse a folha a Daniel - não sei o que tem lá embaixo.
- Todos temos medo do que não conhecemos. Isso é natural - disse Daniel para anima-la.
- Mas você não teve medo quando a primavera se transformou em verão. E também não teve medo quando o verão se transformou em outono. Eram mudanças naturais. Por que deveria estar com medo da estação da morte?
- A árvore também morre? perguntou a folha.
- Algum dia vai morrer. Mas há uma coisa que é mais forte do que a árvore. É a vida. Dura eternamente e somos todos uma parte da Vida.
- Para onde vamos quando morremos?
- Ninguém sabe com certeza. É o grande mistério.
- Voltaremos na primavera?
- Talvez não. Mas a vida voltará!.
- Então qual é a razão para tudo isso? - insistiu a folha - Por que viemos para cá, se no fim teríamos de cair e morrer?
Daniel respondeu no seu jeito calmo de sempre: - Pelo sol e pela lua; pelos tempos felizes que passamos juntos; pela sombra; pelos velhinhos; pelas crianças; pelas estações. Não é razão suficiente?
Ao final daquela tarde, na claridade dourada do crepúsculo, Daniel se foi. E caiu a flutuar. Parecia sorrir enquanto caia – adeus por enquanto - disse ele à folha.
E, depois, a folha ficou sozinha, a única que restava em seu galho. A primeira neve caiu na manhã seguinte. Era macia, branca e suave. Mas era muito fria. Quase não houve sol naquele dia... e foi um dia curto. A folha se descobriu a perder a cor, a ficar cada vez mais frágil. Havia sempre frio e a neve pesava sobre ela. E quando amanheceu veio o vento que arrancou a folha do seu galho. Não doeu. Ela sentiu que flutuava no ar, muito serena.
E, quando caía, ela viu a árvore inteira pela primeira vez. Como era forte e firme! Teve certeza de que a árvore viveria por muito tempo, compreendeu que fora parte de sua vida. E isso a deixou orgulhosa.
A folha pousou num monte de neve. Estava macio, até mesmo aconchegante. Naquela nova posição, a folha estava mais confortável do que jamais se sentira. Ela fechou os olhos e adormeceu. Não sabia que a primavera se seguiria ao inverno, que a neve se derreteria e viraria água. Não sabia que a folha que fora, seca e aparentemente inútil, se juntaria com a água e serviria para tornar a árvore mais forte. E, principalmente, não sabia que ali, na árvore e no solo, já havia planos para novas folhas na primavera.
O começo...O recomeço ...
Um jeito fácil de ser feliz
Você sabia que existe um jeito muito fácil de ser feliz? É simplificando as coisas.
Sabe aquela discussão boba e sem assunto com a mulher amada? Deixe de lado.
Sabe aquele problema que parece insolúvel? Deixe o tempo se acomodar, que as respostas irão fluir.
Sabe aquele projeto que não deu certo? Não fique se lamentando: - outros mais virão pela frente.
Assim é a nossa vida. Um dia vive-se à glória, no outro nem tanto.
Mas para que ficar esquentando a cabeça ou deixando que a ansiedade tome conta do seu pensamento, desperdiçando uma energia poderosa?
Para que ficar martelando sobre assuntos e coisas sem futuro, insistindo em razões sem sentido ou impróprias para a nossa essência?
Assim, ao acordar pela manhã, faça uma promessa: - a partir de hoje, usarei a simplicidade como um grande instrumento em busca da minha felicidade.
Faça isso e seja feliz!
Adonai Zanoni de Medeiros.
Para que serve o horizonte
Certa vez alguém chegou no céu e pediu para falar com Deus, porque, segundo o seu ponto de vista, havia uma coisa na criação que não tinha nenhum sentido...
Deus o atendeu de imediato, curioso por saber qual era a falha que havia na Criação.
- Senhor Deus, sua criação é muito bonita, muito funcional, cada coisa tem sua razão de ser... Mas no meu ponto de vista, tem uma coisa que não serve para nada - disse aquela pessoa para Deus.
- E que coisa é essa que não serve para nada? - perguntou Deus.
- É o horizonte. Para que serve o horizonte?
- Se eu caminho um passo em direção ao horizonte, ele se afasta um passo de mim. Se caminhar dez passos, ele se afasta outros dez passos.
- Se caminhar quilômetros em direção ao horizonte, ele se afasta os mesmos quilômetros de mim...
- Isso não faz sentido! O horizonte não serve para nada.
Deus olhou para aquela pessoa, sorriu e disse: - Mas é justamente para isso que serve o horizonte... "para fazê-lo caminhar ".
quarta-feira, dezembro 9
Mergulho na Paz
O milionário paga ao jardineiro para aparar a grama e cuidar das flores. Mas, coitado! Vive tão apressado!... Não lhe sobra tempo para gozar a beleza de seu jardim, que ele financia. Paga para dizer que o jardim é seu. Pobre iludido! A ninguém pertence um jardim a não ser àquele que tem vagares e sensibilidade para sentar-se e namorar beleza. São os homens e não as leis que precisam mudar.
Quando os homens forem bons, melhores serão as leis. Quando os homens forem sábios, as leis, por desnecessárias, deixarão de existir. Mas, isto será possível somente quando as leis estejam escritas e atuantes no coração de cada um de nós. N inguém encontrará Deus em catedral, mesquita, sinagoga, stupa, templo, centro ou terreiro, se já O não sinta no coração, se ainda não O expresse em atos e vibrações de amor, se não coopere com Ele prestando serviço, se ainda deixa o eu vencer. Se as coisas lá fora te amedrontam e te pertubam é que até agora ainda desconheces a silenciosa e sutil fortaleza de Paz que está dentro de ti. Mergulha para dentro. Desliga-te de todos os meus. Esquece-te de quem és. Silencia tuas ansiedades. Perdoa quem te ofendeu. Não chores pelo que perdeste. Bem agora senta-te quieto onde ninguem te chame. Deixa-te ficar assim. Vê teu interior. Nada esperes. Nada planejes. Esquece o tempo, o lugar, o corpo... Desliga-te de todas tuas âncoras, principalmente de eu... E é assim que a Paz toma conta da gente .
Texto do livro Mergulho na Paz, Professor Hermógenes
terça-feira, dezembro 8
Maneiras de dizer as coisas
Uma sábia e conhecida anedota árabe diz que, certa feita, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.
- Que desgraça, senhor! Exclamou o adivinho. Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade.
- Mas que insolente gritou o sultão, enfurecido. Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui!
Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem acoites. Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho.
Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe: - Excelso senhor! Grande felicidade vos esta reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.
A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo adivinho.
E quando este saia do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado: - Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem acoites e a você com cem moedas de ouro.
- Lembra-te meu amigo - respondeu o adivinho - que tudo depende da maneira de dizer...
Um dos grandes desafios da humanidade e aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra.
Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta duvida. Mas a forma com que ela é comunicada é que tem provocado, em alguns casos, grandes problemas. A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta. Mas se a envolvemos em delicada embalagem e a oferecemos com ternura, certamente será aceita com facilidade.
A embalagem, nesse caso, é a indulgencia, o carinho, a compreensão e, acima de tudo, a vontade sincera de ajudar a pessoa a quem nos dirigimos.
Ademais, será sábio de nossa parte se antes de dizer aos outros o que julgamos ser uma verdade, dize-la a nós mesmos diante do espelho.
E, conforme seja a nossa reação, podemos seguir em frente ou deixar de lado o nosso intento. Importante mesmo, é ter sempre em mente que o que fará diferença e a maneira de dizer as coisas...
segunda-feira, dezembro 7
Conversando sobre Consciência, Amor, Maturidade e Emoções
***Uma Entrevista com um dos Espíritos da Companhia do Amor***
Por que as pessoas tanto temem se abrir para um grande amor?
R. Por causa do rabo preso no próprio ego. Por medo de ficar vulnerável no contato com os outros. E por falta de profundidade para viver com o amor real pulsando no próprio coração.
Logo, somando-se esses fatores, observa-se, claramente, o porquê das relações humanas serem tão complicadas. A maioria quer viver um grande amor, mas só na teoria, ou na base de um romantismo distorcido.
Contudo, o amor não vive de teorias ou de fantasias de romance. A realidade cobra posturas e posições claras e, por vezes, surgem atritos variados e dificuldades de relacionamento. Sem maturidade e verdade, não há amor que resista.
Como é possível as pessoas se amarem e, ao mesmo tempo, brigarem tanto?
R. Meu caro, quando o coração aperta, não é fácil!
Então, lhe digo o seguinte: “Quem vive cheio de emoções pequenas e instáveis, não tem condições de suportar a força e a luz de um grande amor.”
E as pessoas brigam mesmo é por arrogância encruada e rasura consciencial.
A maioria carrega um monte de penduricalhos emocionais agarrados no coração, causando peso e agonia. E se pelam de medo de soltar tais bugigangas afetivas. Aliás, não sabem nem viver sem elas.
E pessoas presas de ciúmes doentios? O que se passa com elas?
R. Insegurança crônica! Falta de doses cavalares de bom senso! Ou traumas trazidos de outras relações anteriores, dessa ou de outras vidas.
Trata-se de doença crônica da mente. Precisa ser combatida e tratada adequadamente. E algumas pessoas ensandecidas de ciúmes e emoções gosmentas tomam atitudes drásticas, mesmo sem causa verdadeira para tanto. Gritam, esperneiam e brigam facilmente, movidas por suspeitas, muitas vezes, infundadas. Algumas mais parecem detetives investigando a vida do parceiro (a). Fuçam no celular e na bolsa alheia, procurando provas do suposto crime da pessoa amada. Pena que elas não procurem sabedoria nem consciência com tanta vontade.
Certa vez, você me disse que as pessoas com baixa auto-estima perderam o respeito, inclusive por si mesmas. Você pode me falar mais alguma coisa sobre isso?
R. Claro. “Está na ponta da língua”, como se dizia antigamente.
Quem não respeita a si próprio, não tem como respeitar aos outros. E nem a própria existência. Por isso, é prioritário recuperar a auto-estima e batalhar para melhorar. Isso não pode depender de contextos exteriores, é coisa de dentro, no cerne da própria inteligência.
“Estar bem” é um estado de consciência! Depende da pessoa não se conformar com estados internos deprimentes. Ninguém deve aceitar climas sombrios dentro do coração. E nem manchas cinzentas toldando o raciocínio. É essencial trabalhar em cima disso. E, se for preciso, procurar ajuda para vencer a miséria de dentro. Mas, sempre lembrando que, toda ajuda externa, por melhor que seja, depende da vontade da própria pessoa de melhorar.
Fazer terapia ajuda muito. Rezar também. E procurar clarear a “cuca” com idéias bem arejadas. Porém, a principal força de renovação está dentro dela mesma. O objetivo é resgatar essa parte essencial e trazê-la para a vida. E se a própria pessoa não quiser melhorar, quem poderá dar jeito nela?
É por isso que o Papai do Céu criou o Dr. Carma**; quando a pessoa empaca igual burro teimoso, é Ele que vem resolver a parada. E se o amor e a inteligência não convencem, Ele entra com a medicação certa: a dor (física, moral ou espiritual, tanto faz).
E a sabedoria popular registra isso com a seguinte máxima: “Quem não evolui pelo amor, vai pela dor!”
Como lidar com as emoções?
R. Meu caro, não tem técnica para isso aí, não.
O lance é observar a si mesmo e aprender com os próprios erros, e evitar repeti-los tolamente. As emoções não são boas ou más, e fazem parte do ser humano. Boa ou ruim é a forma como os homens lidam com elas. Alguns explodem facilmente; outros se retraem e não enfrentam a verdade de frente; e outros mais, se deixam levar sem reação saudável.
A maioria exagera mesmo! Partindo para cima, ou correndo de medo, as pessoas são presas fáceis de suas confusões afetivas; são verdadeiros joguetes, sendo balançados, para cá e para lá, ao sabor de suas próprias sandices emocionais.
Como falar de amor real para quem está cheio de tantas fantasias distorcidas e rasura emocional?
O choro alivia a alma?
R. Depende do tipo de choro, e de quem chora, pois há choros de vários tipos.
Alguns choram por que seu ego foi ferido de alguma maneira. Esse é o verdadeiro motivo das pessoas não processarem muito bem suas perdas afetivas. Outros choram porque não conseguiram o que queriam, seja lá que for. E outros, ainda, choram de chantagem emocional.
E essa choradeira não dá em nada! Porque não é choro d’alma, é choro do ego!
O choro que lava a alma é aquele que vem da alegria espontânea e do amor verdadeiro. E, falando direto, na lata, como manda o figurino, as pessoas choram muito, por isso ou por aquilo, mas, quem chora pela falta de consciência em si mesmo? Ou pela falta de qualidade de suas emoções? E quem chora pelo Papai do Céu?
Como fica o coração que permite a entrada do ódio e da vingança?
R. Um lixo! E coração não é lugar de tranqueiras emocionais.
O ódio deixa a pessoa doente, por dentro, e causa sérios bloqueios nas energias, empatando o fluxo da vida de fluir livremente pelo sistema.
Odiar custa caro! Mesmo assim, tem gente que se deixa levar...
E, novamente eu pergunto: “Como falar de amor para gente assim, tão infeliz e apagada?”
E a solidão? Fale algo sobre isso.
R. Que solidão, meu caro? Isso não existe!
Nesse mesmo momento, se alguém lhe visse, diria que você está sozinho. E, no entanto, eu estou aqui junto com você. O outro nome da solidão é “cegueira espiritual”.
Alguém pode estar sozinho no plano físico, mas, sem sentir solidão, estando bem consigo mesmo; enquanto outros podem estar no meio de uma multidão, mas sentindo-se deslocados e solitários. Tudo depende de como as pessoas lidam com isso.
O ser humano tem necessidade de se relacionar, é de sua própria natureza. Porém, às vezes, também precisa ficar sozinho, para refletir e reciclar a si mesmo.
Agora, o pior é ter tudo o que se quer na mão, mas, ainda assim, sentindo-se insatisfeito e infeliz. Então, a solidão aparece e cobra seu preço.
E a pior solidão é a daquele que não reconhece a presença do Papai do Céu em todas as coisas. E o mundo está cheio de gente assim.
Você sabe do caso de minha amiga que foi traída e tomou um chute do parceiro, e viu o que eu disse para ela na ocasião. Então, você pode me falar algo a respeito disso?
R. Quando a pessoa está bem consigo mesma, tomar um chute não é o fim do mundo. Ela processa bem o fato, até porque sua auto-estima é boa e seu respeito por si mesma é maior. Ela absorve o golpe e supera rapidamente, seguindo em frente... Inclusive, porque conhece bem seu coração e sabe que nada sujo pode habitar ali, muito menos a mágoa ou remoques de qualquer tipo. E ela sabe de seu valor e confia em sua luz.
Em contrapartida, se a pessoa não estiver bem com ela mesma, carregará seu coração de peso e dor. E isso só causará prejuízos em sua vida. Se o ego dela for grande, não suportará a rejeição e se sentirá no papel de vítima.
Às vezes, perder alguém pode ser de grande valia para a maturidade tomar seu lugar. O lado bom é o da quebra do ego, mostrando o que precisa ser trabalhado dentro da pessoa. Então, diga para sua amiga que, se ela se considera do bem e da luz, que supere logo a tristeza e siga em frente... E, se ela for boa como pensa, compreenderá isso claramente.
E, diga mais uma coisa para ela: “Não precisa ser santa para superar uma situação dessas; basta ser razoável consigo mesma. E não valorize tanto o que aconteceu; afinal, quem perdeu uma boa pessoa foi ele. E, por favor, dê um jeito de ser feliz, com alguém ao seu lado, ou não, quem sabe? O que não se pode admitir, em hipótese alguma, é a perda da luz do coração.”
Como você é um craque nesses lances emocionais, deixe algum toque final para os leitores.
R. Craque é o Papai do Céu, meu chapa! Ele bate um bolão e o campo d’Ele é o universo inteiro. Ele é o Cara!
O meu apontamento final é o seguinte: “O Amor é maior do que tudo; não tem idade e nem vê aparência; não é medido por valores materiais, esses ou aqueles; jamais julga ou cria dramas; não é drástico e nem machuca; é, verdadeiramente, um estado de consciência.
Para aguentar um Grande Amor no coração, só sendo uma grande pessoa; porque sua luz é intensa e fere os olhos de quem não quer enxergar além de suas ilusões.”
Meu caro, fique bem feliz, sempre...
Que o Papai do Céu abençoe a todos os leitores.
P.S.:Muita gente voa nos aviões de suas ilusões, e chegam em parte alguma.
Contudo, quem é esperto (e desperto), salta fora desses vôos ruins.
Quem ama, realmente, só voa de primeira classe, nas asas do Papai do Céu.
Na Terra ou no Astral, o Amor é a força de tudo o que é forte.
Quem sabe disso, é feliz.
- Companhia do Amor –
A Turma dos Poetas em Flor***.
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges – São Paulo, 14 de novembro de 2009.)
- Notas do Texto:
*** A Companhia do Amor é um grupo de cronistas, poetas e escritores brasileiros desencarnados que me passam textos e mensagens espirituais há vários anos. Em sua grande maioria, são poetas e muito bem humorados. Segundo eles, os seus escritos são para mostrar que os espíritos não são nuvenzinhas ou luzinhas piscando em um plano espiritual inefável. Eles querem mostrar que continuam sendo pessoas comuns, apenas vivendo em outros planos, sem carregar o corpo denso. Querem que as pessoas encarnadas saibam que não existe apenas vida após a morte, mas, também, muita alegria e amor.
Os seus textos são simples e diretos, buscando o coração do leitor.
A amada amiga Danny, que mais uma vez, de maneira tão pura, compartilhou esse "fresquinho"material do Wagner!
Luz, verdade e amor em seu estado mais puro! É isso que a Companhia do amor passa a nós através desse texto.
Obrigada minha querida amiga! Você foi uma das doces e ternas supresas que o Orkut me proporcionou, na época em que lá estava....
É a prova que a verdadeira amizade, criada e cultivada sob raízes fortes, sempre permanece, independente do tempo e espaço em que ora estamos!
Te amo!
Brisa
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