“... A mente está sempre em conflito com uma coisa ou outra; ela precisa de conflito para existir. Ela só consegue existir no conflito e através do conflito. Ela é uma guerra constante, ela é violência. Ou ela briga com os outros ou começa a brigar consigo mesma, mas uma coisa é certa, ela não consegue existir sem briga. Isso é a sua própria respiração.
No momento em que você pára de brigar, a mente começa a desaparecer naturalmente, e o desaparecimento da mente é o aparecimento de Deus. O desaparecimento da mente é o desaparecimento de você enquanto entidade separada do todo. Então o todo toma posse de você, você fica inundado pelo todo. E essa experiência de estar inundado pelo todo é a busca. Chame isso de satori, samadhi, iluminação, realização, libertação, salvação – estas são somente palavras, elas apenas descrevem aspectos da experiência. Na verdade, nenhuma palavra consegue descrever a experiência, ela está além das palavras! Ela é um sabor, um gosto.
Nós podemos nomear um sabor, mas não conseguimos descrevê-lo. Por exemplo, baunilha: você pode nomear, mas não consegue descrever. É uma experiência e o nome é apenas um indicador. O mesmo acontece com o samadhi, com iluminação, Deus; esses são apenas nomes dados para alguma experiência tremenda – a experiência em que o experienciador não está mais ali. É por isso que ela é tremenda, porque ela não está confinada por qualquer limitação. Não existe observador algum nela, nenhum conhecedor nela. Ela é puro conhecer, é total experiência; o próprio experienciador se dissolveu nela.
E o caminho para isso é a entrega. Pare de brigar. E para parar de brigar, apenas uma compreensão é necessária, porque isso cria miséria, nunca traz felicidade. Por isso, parar não é um problema. O único problema é compreender como nós estamos criando a nossa própria miséria. O ego é um auto-criador de inferno. A mente é nossa própria criação e ela é um pesadelo, um constante pesadelo em andamento.
Quando a mente não está mais ali, pela primeira vez se percebe o quanto a vida é bela, quanta bênção. Daí começa a celebração. Aprenda a estar no estado de deixar as coisas acontecerem.”
Osho
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