domingo, novembro 1

Despertando a compaixão

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Um belo texto do cabalista Michael Berg, ensinando-nos como desenvolver a verdadeira COMPAIXÃO.

Alguém pergunta:
Existe tanta dor e sofrimento ao meu redor. Pessoas na minha vida, pessoas na minha comunidade, pessoas na TV. Isto é tão devastador. Eu quero ajudar as pessoas mas não faço a mínima idéia como.

Resposta:

Este é um dilema comum entre todos nós. Geralmente, quando vemos alguém em dor, tentamos ajudar um pouco e depois paramos. Dizemos para nós mesmos, “Não há nada mais que eu possa fazer”. No entanto, quando a pessoa assume responsabilidade ao dizer, ‘Existe algo que eu possa fazer para aliviar a dor e sofrimento no mundo’, e ele vai lá fora e confronta o sofrimento, depois disso não existe limite para o que ele fará ou quanto de si mesmo ele vai se esforçar.

Somando a isto, existe uma história que meu pai e mestre Rav Berg sempre nos contava para mostrar a importância que é sermos diligentes em despertar compaixão pelo mundo.

“O Oceano de Lágrimas”

Em tempos antigos, dois mestres espirituais, que eram melhores amigos, fizeram um acordo, um com o outro. Eles concordaram que quem morresse primeiro voltaria para o outro em um sonho ou visão.

Ele então contaria para seu amigo onde estava e revelaria os mistérios da vida após a morte. Muitos anos se passaram, e um dos mestres faleceu. Seu amigo tinha confiança e esperava que seu amigo aparecesse como ele havia prometido; mas passaram-se várias semanas sem nenhum sonho ou visão.

Preocupado, o amigo decidiu visitar o filho do mestre falecido. “Nós fizemos um acordo,” ele explicou ao filho. “Seu pai jamais deixaria de cumprir sua palavra a não ser que algo muito importante tivesse ocorrido.” Seu filho disse, “Eu estava igualmente preocupado porque eu também esperava que meu pai viesse até mim.

No entanto, por conhecer a arte secreta de transportar minha alma para os mundos superiores, eu fui capaz de visitar a Corte Celestial ontem à noite e perguntar o que havia acontecido com meu pai. Os anjos responderam, ‘Ele passou por aqui, mas ele não parou. Ele continuou caminhando.’ Eu então procurei por ele em cada região dos céus e perguntei aos anjos se eles haviam visto ele. Em cada lugar, eles me deram a mesma resposta, ‘Seu pai passou por aqui, mas continuou andando`.

‘Finalmente, cheguei até um homem que estava sentado na entrada de uma floresta e perguntei, ‘Você viu meu pai?’ Ele também respondeu, ‘Sim, ele esteve aqui, mas continuou caminhando’

E depois ele disse, ‘Você vai encontrá-lo no outro lado da floresta.’ ‘Eu caminhei pela floresta por dias e dias, e finalmente cheguei a um lugar onde não haviam mais árvores. Tentando avistar o mais longe possível, consegui ver um oceano enorme, cujas ondas eram do tamanho de montanhas. Meu pai estava lá em pé, olhando para o oceano. Eu cheguei até ele e peguei em seu braço. ‘O que você está fazendo aqui?’ eu perguntei. ‘Estávamos todos preocupados porque você não voltou para nós em uma visão ou sonho. Não sabíamos o que havia acontecido com você.’ “Sem tirar seus olhos do oceano, meu pai disse: ‘Você sabe o que é este oceano, meu filho?’

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Eu disse que não sabia, e ele continuou: ‘Este é o oceano de todas as lágrimas que as pessoas do mundo já choraram, de dor e sofrimento. Eu jurei diante de Deus que jamais sairei deste oceano até que ele seque cada uma das lágrimas.

É por isto que não fui capaz de manter minha promessa. Precisamos assumir responsabilidade por tudo que está ocorrendo ao nosso redor. Quando fazemos isto, nós estimulamos nosso desejo de trazer mudanças. Se, por outro lado, permanecemos fechados em nossos mundos, emocionalmente isolados de outras pessoas, é impossível para nós – e para o mundo – sair pra fora do caos..

Compaixão verdadeira pelo sofrimento do próximo nos motiva a continuar nosso trabalho até que todos estejam libertados. Assim como o mestre espiritual que não sairia do oceano das lágrimas, eu desafio a todos a perseverarem em suas determinações de confrontar a dor e morte aonde é que ela estiver.

. Se quisermos dar uma descarga no caos deste mundo, não pode haver fim em nossa vontade de ajudar.


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