quinta-feira, dezembro 17

Renunciar a si mesmo

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Todos os grandes mestres recomendam aos seus discípulos que tenham duas asas para voar. Você já viu algum avião voar com uma só asa? Nenhum inseto voa com uma asa... Uma asa só, por mais bela e forte que seja, não serve. As duas asas que os grandes mestres recomendam são:


1. Orai sempre e nunca deixeis de orar
2. Quem não renunciar a tudo que tem, não pode ser meu discípulo.
A primeira asa é muito simpática, mas a segunda, para os não iniciados, é muito antipática. Por que entendem que renunciar como uma coisa muito dolorosa. Eles logo compreendem por coisas materiais como dinheiro, casa, automóvel e outras coisas mais. Isso não é muito importante. Muito mais necessário é renunciar a si mesmo, que é muito mais importante do que renunciar objetos.


Mas, o que vem a ser renunciar a si mesmo?
Quem não conhece a natureza humana não pode compreender estas palavras. Para esta pessoa, renunciar a si mesmo parece com suicidar-se. Mas isto não resolve nada, só piora a situação. Enquanto a pessoa se identifica com o seu ego, não renunciou a seu ego. Somente quando descobre que não é o seu ego físico-mental-emocional, o seu invólucro humano, que isto ele tem, mas que isso ele não é, que ele é o seu espírito, a sua alma, a luz do mundo, a pérola preciosa...Então, ele renunciou.


Renunciar é o descobrimento da verdade sobre si mesmo!
Quem não entrou no autoconhecimento, não renunciou! Renunciou a que?
Aqui não se trata de renunciar objetos externos, impessoais, trata-se de renunciar a um objeto pessoal, interno, chamado ego. Dentro de nós existe uma ilusão de nos identificarmos com o nosso ego humano e é justamente isso que devemos renunciar. Mas como renunciar esta ilusão?
Uma ilusão só pode ser combatida pela verdade. Ilusão é escuridão, verdade é luz! É possível combater a escuridão a não ser pela luz? A ilusão de que eu sou o meu ego é uma treva, a verdade de que eu sou a minha alma é uma luz. Só podemos combater a ilusão de que somos um ego, pela ação da luz do autoconhecimento. Luz é presença, treva é ausência. Onde há 100% de presença há 0 de ausência.


O que os mestres recomendam é puro autoconhecimento e isto, cada um deve fazer.
Cada um precisa responder satisfatoriamente a pergunta: Quem sou eu? Quando o homem chega a conclusão de que é o espírito de Deus em forma individual, então, está liberto de toda ilusão.


Deus é Espírito Universal.
Eu sou o espírito de Deus em formal individual. Eu sou uma emanação espiritual da Divindade Universal.
Então, a segunda asa é a renúncia. Quando se fala em renúncia, quase todo mundo se choca e pensa que se trata de uma renuncia a nível material externo. Pensam que renunciar é jogar tudo fora, perder tudo, ficar com nada... Isso não é verdade, pois a renúncia não se refere a coisas materiais, mas sim, mentais. A nossa falsa mentalidade ego é que deve ser renunciada.
Se alguém renunciar a ilusão da sua mentalidade errada, então ele é completamente livre.

Só então ele é um discípulo dos grandes mestres.
Se alguém renunciou a sua identificação com o seu ego e depois olhar para os seus bens materiais lá fora, será que ele tem dificuldades em renunciar a estes bens? Não tem nenhuma dificuldades! A dificuldade é a renuncia interna e não a renuncia externa, pois isto é uma conseqüência de um transbordamento que pode ser constatado na vida de todos os grandes homens da história. Os inexperientes pensam que seja difícil a renuncia aos bens materiais. Os iniciados sabem que a renuncia aos bens materiais é uma simples brincadeira. É coisa tão fácil como beber um copo d'água, pois o que é realmente difícil é renunciar ao seu ego mental, não ao seu ego material.


Prof. Huberto Rohden
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